segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Carnatal

No dia 04 de dezembro (sábado), em plena folia do Carnatal, o Prozac Bar receberá os Bonnies e abrirá as portas para os não-foliões da cidade. Início: 21h.

Observação: em breve o Prozac inugurará um site.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

12 de outubro (segunda-feira) The Blue Mountain no Prozac Bar

No dia 11 de outubro, véspera de feriado nacional, o Prozac Bar abrirá normalmente e receberá uma atração especial: a banda The Blue Mountain. Além de ter dividido o palco com grandes nomes do blues, o grupo se encontra em fase de preparação da gravação de um cd em 2010. No repertório, novas músicas, arrranjos e a mesma qualidade de sempre. Além dos clássicos do blues, stantards do country e rock dos anos 50,60 e 70. Tudo em arranjos feitos exclusivamente para show em formato acústico.


Início: 21h

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Debate sobre as eleições no Prozac

 Debate sobre as eleições

Para entrarmos no clima das eleições, organizamos um debate que terá início às 23h. Teremos como convidados o grande filósofo Valadares, os juristas Daniel Carceres e Emanuel Grilo, além do teórico vitoriano Werther Alípio. Os temas que serão defendidos e discutidos serão:

a) a perda da fé no ser humano como hipotética manipulação das fugas políticas diante do ser heideggeriano;
b) a técnica como fomento da técnica por ela mesma no âmbito jurídico e político de um Brasil sem cultura musical;
c) a poesia pornográfica como mandamento primeiro na educação fundamental de crianças, jovens, velhos e pederastas;
d) o dilema entre a moral objetiva da vida interior e a insanidade de um hospício chamado Brasil.

O primeiro encontro dos quatro intelectuais citados se deu na Livraria Cultura em Recife. A polícia, infelizmente, teve que apelar para a violência quando Daniel Carceres partiu para a porrada ao ouvir as absurdas palavras de Valadares em defesa da idéia de que o Brasil é um país heideggeriano. O jurista Grilo, irresponsavelmente bêbado, ao invés de discutir sobre a política brasileira, não parou de recitar poemas pornográficos em homenagem à Monica Mattos. Werther Alípio, como era de se esperar, criticou a ausência de uma moral absoluta e objetiva dos homens e disse ao fazer sua última participação:
 - Nos encontramos novamente em Natal!

O encontro iria se dar ou na universidade ou no auditório do Sebrae. Depois da baixeza em terras pernambucanas, o Prozac Bar parece ter sido o único local que aceitou o desafio de mais um encontro entre os debatedores.

Início: 23h.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Festa temática no Prozac

Nesta quinta-feira, 23/09, o Prozac Bar realizará a sua terceira festa temática. A festa da Lua Cheia surgiu do sonho de um amigo cuja mente não é tão saudável assim. Segundo ele, numa noite de insônia, ao ficar no estado de vigília, sonhou com alguns amigos que se encontravam na lua e ficavam fumando e falando coisas completamente sem contexto. Bom, para mim, falar coisas completamente sem contexto é coisa de artista contemporâneo ou de frequentadores de bar. Eu, com toda sinceridade, tenho mais afinidades com o segundo tipo. Talvez seja por isso que, nessa conversa descomprometida, quando ele explicou o final do sonho em que passávamos a falar com um Et, tivemos a idéia de fazer uma festa em homenagem à lua, espaço bem próximo dos bares, levando em consideração as conversas sem contextos, Ets que aparecem do nada, a aproximaça com os sonhos e - o principal! - quando o bar fechar todos que estiverem presentes e com vontade nos acompanharão até à trilha que tem início no setor de geologia da UFRN - outro lugar onde se fala coisas tão absurdas como foi o sonho do meu colega - e sai nas dunas da via costeira. Afinal de contas, será lua cheia!


Istmo—A banda toca as suas canções e versões de sucessos de bandas como Queens of the Stone Age, Beatles, Paralamas, Jorge Ben, Amy Winehouse, The Doors, Franz Ferdinand,White Stripes,etc.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

No man's Land - 10 motivos para a existência do Prozac Bar Fest

Algumas pessoas me perguntaram qual o objetivo de organizar uma espécie de festival ou festa em outro local e não no próprio bar. Bom, algumas explicações merecem ser escritas:
1° Já há muitas festas no Prozac. Claro, a maioria das pessoas nem sabem, pois elas têm início às duas da madrugada, quando, para essa mesma maioria, estamos fechando. As festas são privadas, geralmente para seis ou sete pessoas e, ultimamente, são as mesmas pessoas e as mesmas piadas. A idéia de tornar público o que era privado vem da náusea da repetição de pessoas, da mutação das esquisitices dos homens embriagados às 6 da manhã e, é claro, da Grande Boca que tem a vizinha. A polícia, cumprindo a função social de homens de lei quando acionada pelos cidadãos do bairro, já queria participar das festinhas...
2° Sempre imaginei o bar como um antro onde as pessoas magnificamente eleitas poderiam chorar, gritar, gargalhar, contar piadas absurdas, tirar a roupa, fazer sexo sem pedir permissão, encarar a escuridão como uma cama bem fofinha onde as pessoas emprestam os ouvidos para escutar uma bateria aloprada e uma quitarra sensível. Sem horas para acabar, sem obrigações, livre acesso para ir e vir, mas claro, todos com muito dinheiro...
3° Ganhar dinheiro!, nem que seja um pouquinho, para que na próxima vez façamos uma festa maior e, enquanto pretensão, mudarmos a rotina da cidade assim como no Prozac Bar Fest espero que as pessoas dos encontros privados sejam outras, mudar a rotina assim, vamos alugar o espaço  Vila Folia para bandas como Bonnies tocar para um público gigantesco! Falo em Bonnies porque bem conheço Arthur, megalomaníaco, sonhador de multidões!
4° Emanuel G. (não escrevo o nome inteiro para não ser censurado outra vez) será o apresentador do No man's land, o apelido mais adequado de Prozac Bar Fest e, se o improviso for bem-vindo, será a primeira vez que ó poema canção Eu queria ser o Kid Bengala será cantado ao grande público.
5° Outro motivo para este festival vem de uma curiosidade besta. Os Bonnies e Os Primos tocarão. Não sei se os caras levam muito a fundo a discussão entre rock e samba, samba-rock, Brasil e Inglaterra, Jorge Bem e John Lennon, coisas do tipo, mas parece que houve provocações no balcão do bar... No man's land. Além de música haverá um ringue.
Mêmê e seus sonhos pornográficos tocaram no bar metade do repertório planejado. Então pensei, porra, os caras merecem tocar a outra metade. Apesar da ânsia de vê-los tocar, li um texto num blog que de pornografia a banda não tem nada. A verdade é que realmente não há nada, ao menos por enquanto, apesar de que os integrantes da banda se reuniam para estudar e assistir filmes pornôs. Segundo Daniel C., o guitarrista, o público já vai perceber a diferença da primeira apresentação.
7° Fico imaginando o que Werther Alípio quis dizer, na última noite que o vi, quando falou sobre a relação entre os três poderes, a promiscuidade, o niilismo dos jovens, o Brasil nos últimos vinte anos, Natal desde que existe e o fato de que não pisará na Ribeira no dia do Prozac Fest.
8° Há muito tempo, algumas pessoas, reclamam por jamais terem amanhecido naquela calçadinha da Av. Norton Chaves. Espero que a propraganda do No man's land tenha chegada aos ouvidos desses alcoólatras.
9° Quero saber se o que existe no imaginário poético e no imaginário crítico das pessoas pode chegar a se tornar uma medida prática para a existência. Ainda mais: quero saber se a verdade que está por trás do sétimo motivo é uma desventura ou um barquinho em chamas.
10° O espaço já está desenhado. No man's land. No mundo prático, tudo é possível com um pouco de sensasionalismo e espírito. Espero que, em algum momento do sábado, um homem dramático e sofisticado, educado e pensador, chegue a tomar o microfone e explique para o público o que faz de um ser o que apenas existe no imaginário segundo as preleções críticas da imensa vontade de perder a fé no ser humano.
Caralho, então nesse momento, em coro, todas as pessoas vão gritar em uníssono:
GRANDE FILÓSOFO ALFREDO VALADARES! (uma das piadas a serem entendidas em esfera pública e nao somente por seis ou sete pessoas, pois no fundo, trata-se de um conceito sobre Natal).

Esses são, basicamente, os dez mandamentos a serem ao menos cogitados como reais por todos aqueles que irão ao Calígula prestigiar o Prozac Bar Fest. Essas são as dez regras fundamentais para se renovar o caráter do que ainda pode ser o... Carnaval.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sábado de trevas

Ninguém vai esquecer aquela noite. Realmente, seria difícil. A expectativa girou em torno do evento em homenagem ao centenário de morte de Maria Boa. Quem escutou o poeta Emanuel Grilo apresentando a banda Mêmê e seus sonhos pornográficos também viu, quarenta minutos depois, as lágrimas do próprio poeta, por ter tido a oportunidade de recitar seus magníficos sonetos impedida pelo rigoroso mal humor da nossa ilustre vizinha . Mêmê, mais conhecido por Negão, revelou nos bastidores que jamais cantaria novamente, pois tudo estava indo tão bem, desde a aceitação do público do repertório quanto à expectativa gerada em torno do striptease que ocorreria minutos depois do momento em que a polícia chegou. Eu, por ter poucas qualidades, ao menos aprendi a ser diplomático com a polícia: resolvi sem tirar um puto do bolso, pois os convidei para ver o striptease lá dentro. Os caras ficaram entusiasmados e prometeram aparecer em vinte minutos.
- É gostosa?
- São gostosas, respondi serem duas mulheres. Mas lembre-se: trata-se de um strip teatral e não sexual, o que nos difere dos puteiros clandestinos da cidade.
Os caras riram pra caralho.
Logo depois as trevas foram materializadas: a ilustre senhora, que sofre transtorno bipolar, começou a jogar água nas pessoas lá fora, a falar com os clientes enlouquecidamente, a jorrar querosene no chão e a difamar a imagem do bar começando pelos seus donos. Bom, não sou um homem de méritos, contudo seria exagero arriscar opiniões sobre um rapaz tão bom moço como eu. Tudo bem, realizei um evento cuja temática era pornografia, mas isso não quer dizer nada.
Então a casa caiu. Interrompemos o show de Mêmê, que estava sendo impressionante e, infelizmente, fizemos com que o poeta Emanuel Grilo se decidisse por um Não aos eventos culturais da cidade. E o strip nem rolou...
Entre matar a vizinha e tentar contornar os efeitos do que um evento pode causar na cabeça pirada dos outros, prefiro escrever um pedido de desculpas aos clientes, ao poeta, ao grupo Mêmê e seus sonhos pornográficos, à polícia, e às atrizes.
No outro dia, ao acordar razoavelmente mal humorado, vou à conveniência comprar cigarros e, ao entrar, encontro a tal vizinha que diz o "bom-dia" mais filho da puta que ouvi em toda minha vida.
Um dia vou me vingar.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Cinema no Prozac Bar

Desde o início, tivemos a idéia de exibir filmes no bar com certa regularidade. Por algumas razões, tal plano nunca chegou a ser realidade. Inicialmente não tínhamos um puto e exibir filmes para o público numa tv de catorze polegadas é sacanagem. Ao final desisti por imaginar que tenho péssimo gosto para cinema. Ainda mais emprestei os ouvidos àqueles que diziam ser um projeto "pseudo intelectual", "cult", para "cinéfolos", o caralho!, essas coisas que realmente envergonham aquele que pretende tornar um microespaço um pouco mais cultural no macroespaço... temo que esses termos sejam testemunhas do espírito "pseudo intelectual" da geração cultural da nossa cidade...
De todo modo, apesar de tudo, abraçamos a idéia e, no dia 04 de setembro, em conformidade com meu péssimo gosto para cinema, além das piadas sobre um bar que exibe filmes (algumas bastante válidas), o Prozac em parceria com o Cinesophia exibirá todos os sábados, às 17h, filmes que sejam... como posso dizer... que sejam... legais (normalmente é desse modo que termino todas as sinopses que tento escrever)!
Na próxima semana postarei a lista dos filmes do mês de setembro. Aguardem!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mêmê e seus sonhos pornográficos

No último sábado deste mês (28 de agosto), o Prozac Bar receberá Mêmê e seus sonhos pornográficos, grupo que vem crescendo tanto no meio musical quanto pornográfico. Além de covers que vão de Jimi Hendrix a Placebo, improvisações também farão parte do show em meio a recitações de poesia erótica e - a grande promessa! - de striptease embalado por um bom blues.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Apoio às questões sociais

Recentemente, aproveitando os embalos do evento universitário SBPC, os maconheiros da cidade convidaram maconheiros de outras cidades para organizar o que ficou nacionalmente conhecido como Marcha da Maconha. Como esperávamos, nos procuraram também. Todos os dias da semana algum indivíduo pedia, gentilmente, para panfletar no bar e, como sempre estamos atentos aos movimentos espontâneos dos homens livres, apoiamos à causa.
Não obstante, quando se levanta a mão para uma bandeira honesta e importante, a obrigação de levantar diante de outras tão importantes e honestas se torna obrigação cotidiana de qualquer cidadão. Pois bem, recentemente o ativista social Clemente Palheta nos procurou em busca de apoio para outra luta social. Desta vez, trata-se da irreverente Marcha da Pedra, onde alguns viciados requerem a legalização da pedra. Para ser franco, também acredito nesta causa e, através deste blog, anuncio a data da Marcha: será no dia 15 de setembro, saindo da prefeitura da cidade em direção ao Morro do Careca. Mais informações, escreva! A sua colaboração é fundamental para mudarmos o país! 

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Aos amigos do poker

Aos amigos do poker, gostaríamos de pedir desculpas por não ter ocorrido o já tão clássico torneio nesta última quarta-feira de julho. Fiéis e viciados, vi o rosto de alguns ao lado de fora do bar observando as luzes apagadas, a impossibilidade de jogar, a crueldade de em plena quarta-feira o aconchegante Prozac está fechado. De todo modo, na próxima quarta-feira retornamos e, porra!, cheguem no horário marcado!!!! 

terça-feira, 20 de julho de 2010

Festas temáticas

Na quinta-feira passada, realizamos a primeira festa temática no Prozac Bar. Apesar do sucesso que nos fez tomar a decisão de todo mês organizarmos uma festa característica, tivemos problemas com a polícia federal. Queríamos somente apresentar música e bebidas cubanas, além dos charutos vagabundos e das fotografias da bela Havana, mas como não temos controle sobre tudo, um cubano refugiado acabou por aparecer no bar dizendo ser europeu, pensando que não havia nenhum olheiro do governo cubano em busca de traidores. Boina à francesa, barba e bigode enormes, coturnos pesados e calça do exército... não tinha como negar ser da ilha. Foi descoberto e, para o autoritário governo cubano, a empresa Prozac Bar bancou as passagens de avião de Pablo Garrudo para fazer dele o mascote da festa, a atração principal, o homem livre! Tive que ir à polícia federal (sentiram minha falta em algum momento da festa?) para dar explicações, dizer que não estava por trás da aparição do cubano, que nunca penso em Cuba de forma política e sim por meio da salsa, que nunca cometeria um crime contra a pátria de Fidel, etc, etc, etc. O rapaz ficou detido e então fui liberado. Dias depois li no jornal uma matéria que revelava ser na Europa onde há mais admiradores e seguidores do regime político cubano. Além disso, também li a estranha notícia de que surgiu na Inglaterra um grupo de guerrilheiros pacifistas contra Cuba, do qual Pablo Garrudo (na verdade John Paper) faz parte e que, naquela noite de sua aparição no Prozac, ele estava apenas colocando em prática um dos métodos pacifistas do grupo inglês, cujo objetivo é tornar caótica a política internacional cubana. E por incrível que pareça, dois embaixadores cubanos já foram demitidos por serem enganados pelos tais ingleses, não sendo capazes de reconhecer a própria raça.
Bom, nunca mais realizaremos uma festa cubana, apesar de que, em parte, foi um sucesso. O bom é que no mesmo dia alguns clientes nos deram alguns palpites para as próximas temáticas. Festa havaiana, festa parisiense, festa em homenagem ao Chaves (não o político e sim o comediante), festa hollywoodiana, festa do cabide, festa homossexual, festa em homenagem à Depressão de 30, caralho... foram tantas as idéias, contudo a mais cotada até o momento é a que homenageia os Bananas de Pijama. Estamos analisando as propostas.

terça-feira, 13 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Exposição de arte

Para quem foi ao Prozac nos últimos dias, certamente se encantou e até mesmo se emocionou com a lúgubre exposição de arte griliana, cujos desenhos em preto e branco - constraste que une Picasso e Klee nas pinceladas de mão dupla - decoram uma das paredes interna do bar. Mais conhecido no exterior do que mesmo no Estado do Rio Grande do Norte, Emanuel Grilo diz ser o Prozac o espaço mais adequado para seu talento ser descoberto em Natal. Ao retratar vagabundos, os trópicos e as putas, além da tristeza do submundo kantiano, Grilo ganhou prêmios em alguns países da Ásia e da África, onde é cultuado como o "desenhista" maldito. A exposição de arte está em aberto por tempo indeterminado e, para os que se interessam em conhecer o artista, todas as terças e sábados Emanuel estará batendo um papo no Prozac.

obs: a obra exposta é avaliada em R$200.000,00 e, para o bem cultural da nossa cidade, o excêntrico Grilo nos presentou como um recado para o pequeno mundo que é Natal.

Abaixo, o auto-retrato de Emanuel:

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Entrevista na Tvu

Semana passada, quando estava contando minha grande coleção de vinis (4 ou 5), recebi uma ligação da Tvu. Surpreso, além de me perder onde estava na contagem, perguntei por qual razão me procuravam. O sujeito do outro lado da linha explicou-me que estava a me chamar para uma entrevista ao vivo. Disposto a dizer que não seria possível, pois tenho um problema crônico de gagueira, dissimulei a resposta diznedo que iria pensar. Bom, obviamente, um dia depois, Aline confirma a entrevista sem que eu soubesse. N... n... nã... não!
Na segunda-feira chego ao local com meus dois seguranças privados (Sanderson Mendes e Emerson Negão). Comecei a ficar menos nervoso por perceber que naquele lugar só mulheres lindas trabalhavam e ficavam a passear nos corredores. Mulheres perfeitas, bem educadas, sorridentes, elegantes, mulheres da TV. Momentos antes da entrevista, vou ao camarim para passar pó e ficar mais branco. Emerson Negão, ao notar a situação, começou a indagar ao pessoal do programa se era realmente necessário uma pessoa ficar mais branca para aparecer na tv. Depois desse constrangimento, conheço o sujeito que vai me entrevistar em alguns instantes. Também não lembro do nome dele, acho que era Baiano ou Vlademiru.
Como em todo programa de televisão, há uma entrevista antes da entrevista real, algo como uma prévia paraque o entrevistado e o entrevistador não façam merda, para deixar tudo conforme o combinado. Como não sou capaz de levar nada a sério e por ser também muito burro mesmo no meu ofício, não sabia quando surgiu o vinil, se ainda há produção em pequena/média/grande escala de discos, quantas pessoas participam da "Confraria do vinil", qual o melhor disco para mim, qual o melhor disco para os meus seguranças, como as pessoas se sentem diante da vitrola, se o som da vitrola é mais sexual do que o do mp3, quantos vinis existem em Natal, quantos em Mossoró, porra!, quase todas as perguntas eu não sabia ou inventava uma mentira! Disse que a "Confraria do vinil" surgiu no Prozac a partir do momento em que um catador de lixo encontrou na Av. Norton Chaves uma caixa cheia de discos e nos vendeu por dois reais. No programa disse ter 4 mil vinis, dentre eles dois valem, por ser raros, R$15.000,00.
Acho que impressionei, além do fato de que a gagueira não interrompeu meu desempenho.
No outro dia , terça-feira - dia da "Confraria do vinil"-, o bar estava lotado e duas garotas lindas e gostosas me pediram autógrafo. Para minha surpresa, cá entre nós, eram duas das meninas que trabalham na Tvu...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Agradecimento

Como quando qualquer empreendedor jovem e sem muita grana passa a ver o seu negócio (a sua casa!) indo bem, ganhando popularidade, obviamente fica muito contente e abre as veias do coração para agradecer às homenagens que vêm de todos os lados. Desta vez, o blog mais lido da região do Parque das Pedras, onde quando chove não alaga nunca, citou o Prozac Bar em suas linhas.

Acessem: dyjann.blogspot.com

Para perceber a seriedade do blog, leia outros textos.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Idéia X Mercado

Depois de meses negando ser capa de revistas e jornais importantes, o Prozac Bar fará parte da badalada revista Solto na Cidade, ou seja, toda a população natalense terá a oportunidade de saber não somente os eventos culturais dos lugares mais populares, mas também o que ocorre no Prozac. Não seria o Prozac um bar popular? Não está na revista também? Não oferecemos cultura? Bom, é o inverso disto que nos fez participar da revista. Queremos, no fundo, apresentar a cultura verdadeira, ou seja, abrir as portas para a população espiar a cultura da vagabundagem, dos vagabundos de verdade, da noite imperfeita e cheia de conversas entrecortadas pela tosse, pela doença, pelo que não deveria ser divulgado, para onde as familias nem os casais fiéis deveriam ir, mas onde os que entendem a atmosfera não deseja sair tão facilmente e, muito por isso, preparem-se seres vips!, aparecerão os ratos das festas legais e confortáveis, um pequeno desafio, quanto mais divulgado menor o espaço para eles!
Enquanto eles fazem Mercado, que façamos a Idéia e, com toda a licença, que deste mercado enxergamos o ecce homo dos nossos intestinos, o lar dos ricos-vagabundos, o espaço da noite e de quem tem olhos para ela...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Primeira morte no Prozac

Nunca esperávamos ato tão horrendo ocorrer no Prozac Bar: a primeira morte ocorreu, justamente num dia de festa - típica contradição de romance policial -, logo após a primeira vitória do Brasil na Copa do Mundo. Evidentemente, não pude evitar e, o que descobri depois, veio através dos mais variados relatos. As pessoas bêbadas nas ruas, jogando garrafas de vidro nos vizinhos, surubas no minúsculo banheiro feminino, etc. Este foi o cenário no qual o gatinho da foto abaixo foi atropelado por um carro em frente ao bar. Alguns gritaram chocados, outros riram e chutaram o gato para o meio da rua... algo muito feio para uma terça-feira de futebol brasileiro vitorioso...
No próximo domingo, antes do início do jogo, todos os clientes estão convovados para cantar o hino nacional em memória do pobre gato. O hino será cantado exatamente às 15h27 minutos, ou seja, no momento em que os jogadores da seleção brasileira estarão de pé em uníssono!
obs: esta mensagem foi o resultado da pressão de alguns dos indignados clientes que souberam do fato. Exigiram um relato ecologicamente ético (não sei o que isso quer dizer exatamente, mas acredito ser algo bom) e o registro dos pêsames de todos eles.
O registro está feito. E que o gato esteja no coração de todos nós!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Programação do dia 15 de junho de 2010

Nesta terça-feira, como já publicamos aqui no blog, exibiremos o jogo Brasil X Coréia do Norte. O mais importante, ao menos para os clientes que frequentam o bar nas quartas e domingos, é que vamos organizar um bolão. No mue caso, estive a pesquisar o histórico dos jogos entre Brasil e Coréia do Norte para escolher o placar no qual devo apostar. Jogaram apenas duas vezes, sendo o Brasil goleado no primeiro jogo por 7X1 na época em que existia um pouco mais de democracia no país asiático. No segundo jogo o Brasil perdeu, ninguem sabe exatamente o porquê, de W. O. É difícil chutar o placar, mas acho que a Coréia tem vantagens.

Logo depois do jogo, como prometemos, samba rock com Os Primos.

Acho que ainda depois, caso os clientes e a maravilhosa equipe de trabalho do bar estejam pouco cansados, terça do vinil!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Satisfação

Durante as últimas duas semanas, o lema foi: haverá exibição da Copa do Mundo 2010 no Prozac Bar? Para contrariar a expectativa pseudo-intelectual que, muitas vezes, invade a atmosfera do bar, e ainda mais para ganhar mais dinheiro, a resposta é sim, haverá. Alguns ameaçaram nunca mais voltar ao Prozac, outros disseram que já prepararam uma camisa em homenagem ao Brasil e ao bar. Torcida organizada. Buzinas. Hinos. Caralho, talvez seja realmente um inferno! Tomara que Costa do Marfim não ganhe o Brasil e provoque um incêndio no bar.
A época é a mesma para todos. Comemoração ou culpa da escalação do Dunga. Perguntaram-me o que acho do Luis Fabiano. Porra, tenho que entrar no clima, então acho um brilhante jogador, algo como Romário em 1994... coisas do tipo, papos do gênero são os mais corriqueiros neste mês na empresa onde prometi para mim mesmo sustentar apenas com jazz e blues, com independência e amor dos anos sessenta, coisas do tipo passaram na minha ingênua cabeça quando pensei em liderar uma nova onda cultural na América do Sul...
Hoje, nas vésperas do primeiro jogo, estou como um louco procurando bandeiras, buzinas, gritos de guerra, rimas, aprendendo ritmos africanos, comprei um tambor, lamentei a Belgica não estar na Copa, em cinco dias começa o ritual, venham todos, a torcida organizada do Prozac!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Um teletubbies para a Copa do Mundo

Bastante constrangido, através desta mensagem, venho fazer um convite aos leitores do blog e frequentadores do Prozac Bar. Já é do conhecimento de quase todos na cidade que vamos exibir os jogos da Copa do Mundo no bar e, para quem não pensou sobre o trabalho que isso dará (ninguém tem essa obrigação a não ser os donos da cigarreira), tivemos que recorrer à Ambev para alcançar todas as condições possíveis para o Prozac funcionar dia e noite. Então assinamos um contrato de compra de tantas mil grades de cerveja e outros produtos em troca de um freezer da Skol. Outras regalias ocorrerão, mas como se trata de uma empresa, as exigências não foram poucas. A troca foi: daremos um freezer, mesas, cadeiras, copos, remédios contra enxaqueca, bandeiras do Brasil, buzinas, massagistas profissionais, um carro para levar e deixar em casa clientes vips, etc., em troca de: vocês têm que conseguir alguém para estar fantasiado de telettubies durante os jogos do Brasil, com a fantasia dada pela Ambev, contendo símbolos da Skol, sendo o contratado o animador de torcida do bar.
Caralho, pensei, estas empresas estão cada vez mais safadas e sem escrúpulos. O pior é que não posso negar tão proposta e, obviamente, não serei eu o teletubbies, apesar de que o vendedor representante da Ambev disse seriamente que eu lembrava Dipsy, o teletubbies verde. Puta que pariu, refleti, deveria dar um soco naquele cínico!
Então esse é o convite que faço: quem estiver disposto a trabalhar como teletubbies no bar como animador de torcida, envie uma mensagem ou nos procure pessaolmente no bar. Estamos recebendo currículos até o dia 08 de junho.
Boa sorte aos candidatos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

El Godeleiro

Jovem de classe média alta, universitário, promotor da vida noturna divertida e inútil. Apesar de ser amigo de todos, passa despercebido pelas galeras, principalmente quando ele vem com o seu habilidoso e tão corriqueiro copo americano! Somente depois de alguns meses, fazendo valer algumas estratégias investigativas, membros do Prozac Bar encontraram indícios que tornam o Sr. G. o maior Godeleiro da cidade. Pessoas honestas talvez desconheçam o termo, mas quem frequenta o Prozac e é atento, não: trata-se do ignóbil indivíduo que senta, numa única noite, em várias mesas, fica dez a quinze minutos, enche duas ou três vezes o copo americano, e sai de fininho sem deixar nenhum centavo para pagar a conta. Esse é o godeleiro: um homem esperto, um pouco maldoso, sem muito caráter, alcoólatra na medida em que os outros não percebem o seu descaramento, disposto a rir com qualquer merda só para encher mais um copinho.
Quase todas as noites o Sr. G. aparece.
As vezes ele não tem sorte. Fica com o copo vazio, com os olhos estreitos em busca de algum conhecido que esteja ao fundo do bar. A mão começa a tremer. Nas mesas nenhum copo com o resto quente de cerveja de alguém. Então o Godaleiro vai embora. Mas quando ele permanece, o Prozac Bar recomenda o cliente cuidar da própria cerveja. Não nos responsabilizamos pelo Sr. G. Apenas umadica podemos dar: ele tem o costume de ficar ou na calçada observando o movimento, ou embaixo da mesa de algum cliente (a velha mãozinha boba). Fiquem atentos.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O bar mais democrático da cidade

Ao conversar com amigos numa sexta-feira caótica e agradável, um deles afirmou, categoricamente, que o Prozac Bar é o bar mais democrático da cidade. Apesar de alguns pensarem o contrário ou ter a concepção de que vivemos numa democracia e, portanto, todos os bares são democráticos na mesma medida, ele pediu licença para explicar a sua acepção.
 - Rapazes, vamos analisar o bar desta mesa (o bar estava lotado). Do lado direito há uma ala de homossexuais, perto da sinuca viciados em jogo, dentro dos banheiros maníacos sexuais ou viciados em cocaína, do lado de fora, próximo aos carros, punks com suas garrafinhas de cana, no centro do bar um grupo de estudantes de medicina que acreditam em extraterrestres, circulando entre as mesas obesos procurando restinhos de comida pelas mesas e os caras que arrotam alto (membros do movimento estudantil). Caralho, e não tem nenhuma confusão! Isso sim é democracia!
Todos os companheiros em torno da mesa ficaram alguns segundos observando o bar. Todos concordaram. Até que um deles, o Sr. Alípio, indagou:
- Será a democracia o melhor regime de governo para o mundo?
Apesar de, ao abrirmos o bar na cidade, nunca termos pensando sobre democracia e liberdade dos diferentes estarem entre iguais (a péssima máxima de Foucault que pretende que tal liberdade conduza os indivíduos a aceitarem e praticarem todas as qualidades contrárias à própria personalidade), vou levar em conta o que o Sr. Alípio comentou. O careca francês sonhava com uma sociedade em que cada indivíduo repartiria o dia em várias partes e que, para cada parte, o ser "provasse" todas as diferenças.
Pelo que eu lembre haviam Ets, pederastas transando com vaso sanitário, punks tentando roubar carros... carallho! Começo a pensar em tornar o Prozac um bar conservador...

sábado, 8 de maio de 2010

Sábado (08 de maio)


Neste sábado, ocorrerá no Prozac Bar uma jam session realizada pelo Coletivo Records (http://coletivorecords.blogspot.com/) . Para quem não conhece o projeto, trata-se da reunião de músicos de diversas bandas consagradas na cidade que se reúnem para improvisar. Além da apresentação da jam, logo depois uma sessão prolongada de vinil finalizará a noite no Prozac Bar.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Projeto Pilto (01/05)

Neste primeiro sábado de maio, às 20h, o Prozac Bar abre as portas para o Projeto Piloto,  formado por Ciro Guilherme no violão e voz e Artur Porpino na guitarra e voz.  Músicas autorais e covers de  Bob Dylan, Raul Seixas, Mutantes, Beirut, Chico Buarque, Radiohead, Vinícius de Moraes e outros.
Iniciativas do gênero é o que o Prozac espera por parte dos artistas da cidade.
PALCO ABERTO

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Comentários sobre o último fim de semana de abril

No final deste mês, após relacionar antigos assombros financeiros ao mágico prazer de fazer parte de um dos melhores bares do planeta, podemos dizer que o Prozac Bar continua. Existiu, como os prozaquianos descobriram, a possibilidade de Eline Bouckaert (um dos seres mais lindos do planeta) retornar à Europa para gerenciar uma rede de bares em London devido ao sucesso na América Latina e, consequentemente, de eu ir para os Estados Unidos por ser um dos poucos economistas sem diploma capaz de combater o tráfico áereo de drogas via Rio-New York. É fato: vamos continuar em Natal por mais um tempo! Não joguem propostas milionárias! Também não discutam o amplo sentido do substantivo economista!
Além de termos aliviado os leitores do blog, temos de comentar os fatos do fim de semana: a exposição de arte Anti-Edital, lançada no sábado, tem de ser bem explorada: sete artistas desconhecidos expõem quadros razoavelmente bons (exceto um ou dois) com preços razoavelmente injustos (exceto dois ou três) em um bar onde metade dos clientes são viciados em poker e, a outra metade, varia entre amigos fodidos ou universitários modistas. Ok... respirem fundo meus bons artistas!
No domingo houve um torneio de poker. Claro, não posso deixar de revelar que foi lindo jogar cartas imprudentemente entre belos quadros e cigarros aromatizados. Hoje é segunda-feira e, devido a um sonho que tive, quero que a exposição seja um sucesso, o que vale dizer que devo fazer com que viciados em jogos se tornem adoradores da pintura e que a arte Anti-edital se torne uma moda. O sonho prescreve: jogadores apostavam quadros ao invés de dinheiro e, os sete artistas, todos em torno dos jogadores, conversavam sobre os segredos do Anti-Edital como se tal assunto fosse o mais corriqueiro de todos, até que os quadros desapareciam das paredes sem ninguém perceber e, de uma hora para outra, um Ás de ouro aparecia no bolso de um ladrão de cartas. Todos que estavam no domingo sabe sobre o problema deste episódio...
Para terminar esse texto com um pouco de sentido, devo retomar a idéia do primeiro parágrafo: estamos indo muito bem! O segredo? Bom, é difícil de explicar, mas tudo que sonho em relação ao bar eu ponho em prática. Nas próximas semanas, creio eu, vou apostar na venda dos quadros, em ladrões, e tornar assuntos desconhecidos moda universitária.
Assim as coisas vão caminhando.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

EXPOSIÇÃO DE TÉCNICAS VISUAIS

Neste sábado (24 de abril), ocorrerá um dos eventos mais esperados no Prozac Bar. Trata-se da já tão comentada exposição de técnicas visuais. A exposição é composta pela obra à venda de sete artistas de Natal. Além da exposição, haverá um grupo de músicos fazendo samba de mesa. O evento promovido terá início a partir das 18h30.

Dia da decisão

Para os clientes que estavam na quarta-feira no Prozac Bar, jogando cartas e desperdiçando a vida por cinco contos (assim como o infeliz que escreve este texto), além dos cigarros e dos espirros de um tuberculoso sentado no balcão, oh!, para todos os presentes desse dia, o que vimos na televisão, nas paradas de ônibus, na boca dos crentes, no ar que se respira em Natal, enfim, em todos os lugares da cidade, o Dia da decisão não era mero acaso ou uma brincadeira de se ganhar dinheiro com religião. Pois bem, a porra do encontro evangélico tão escancarado se deu justamente a 200 metros do bar, no Machadão, de onde os gritos fervorosos do pastor emudecia a voz de Nick Cave! No bar, ninguém ligou muito até o momento em que, supostamente, o show no estádio acabou e os crentes saíram pelas ruas fazendo baderna. Foi mais ou menos por meio dessas circunstâncias que, às 21h, um grupo maluco de capetas com a bíblia na mão passou a fazer um protesto em frente ao bar, com o discurso de que cartas e álcool não combinava com o Dia da decisão. Tentaram invadir o bar, ameaçaram os donos do estabelecimento, leram dois ou três salmos, até o momento em que os prozaquianos ficaram do lado da grade de dentro jogando piúbas de cigarro e os crentes do outro lado afirmando ver demônios por todos os lados. A polícia chegou a tempo e, por azar e injustiça mundana, tomamos a primeira advertência na existência do bar. Tentei explicar que o bar é uma propriedade privada quando, no calor da conversa, um dos inválidos do lado de fora convenceu a polícia de que toda propriedade é propriedade de Deus.
Caralho, nunca mais discuto religião!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CLUBE DO VINIL

Nesta terça-feira (20 de abril), haverá a inauguração do Clube do Vinil no Prozac Bar em parceria com o Coletivo Records.
Traga o seu vinil.
Início: 18h30.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O verdadeiro jogo de cartas

No domingo passado (11 de abril), venci o torneio de poker no Prozac Bar. A consequência da vitória, como já era de se esperar, foi a seguinte: me chamaram de enganador, de filho da puta e de bruxo. Vasculharam meus bolsos e disseram que eu não poderia mais jogar no meu bar. Tristemente, expliquei que vencer depois de 7 torneios não é grande mérito e muito menos uma prova contra as minhas habilidades de jogador. Para completar, dois brutamontes me agarraram pelos braços e pernas e disseram que no próximo torneio eu deveria perder propositalmente no início do torneio. Bom, é exatamente por isso que estou escrevendo esta mensagem: eu não vou atender ao pedido dos brutamontes, eu vou vencer outra vez e, para avisar, com o dinheiro da vitória passada comprei uma arma.
Hoje à noite usarei óculos escuros e não tirarei a mão do bolso. Quero que alguém pergunte se estou colocando um Rei de espadas no bolso...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Palco aberto

O Prozac Bar, para relembrar aos cultos leitores deste blog, insiste na possibilidade em aberto de receber artistas para expressarem os seus dotes artísticos. Com dotes artísticos quero dizer dotes corporais (assim é a época). Talvez não estejemos de acordo com o regimento - catalogada em alguns artigos da Constituição sonhada por Artaud & Cia - , sobretudo devido à apresentação de contorcionismo da última terça-feira, quando Grilo tentou divulgar o "Curso de contorcionismo para homens autodidatas solitários" e ficou preso por alguns minutos nas grades do lado de fora. Não haviam muitas pessoas, apesar de ter sido a cena mais constrangedora na história do bar. Bom, gostaria também de lembrar (para não se repetir) a tentativa do músico G. Mosca de tocar violão no mesmo momento em que tocava bateria e improvisava com a flauta. Trata-se também de outra tendência da arte contemporânea: sozinhos e suficientes. O som não saiu muito legal e algumas bolinhas de guardanapo mateiga foram arremessadas em direção ao violonista-batera-flautista, causando a maior discussão sobre a afirmação do Mosca de que poderia ainda tocar piano com os pés. Outra vez, uma antiga colega da universidade pediu discretamente para fazer um strip tise em cima das mesa dos clientes de surpresa. Por azar, na primeira mesa escolhida estava S. Mendes, o homem das tatuagens absolutas e que, como sempre, nunca tem R$0,50 no bolso para compensar os frutos da noite. Além de, moralmente, isso ter afetado o bar de forma negativa, a garota teve de voltar a estudar e deu por encerrada a carreita de artista.
Outros casos similares ocorreram. O bar ficou reconhecido na cidade por criar eventos de péssima qualidade. Todos no bairro me olham de maneira estranha.
Apesar disso, ainda preferimos apostar nos próximos talentos, esperando algo surgir da arte contemporânea, algo como um cachorro treinado para recitar Fernando Pessoa ou uma exibição em tempo real de suicídio.
Entrem em contato conosco.
Prozac bar -PALCO ABERTO

sábado, 3 de abril de 2010

Imoral e satânico?

Na Av. Cel. Norton Chaves há quatro ou cinco bares. Aliás, duas cigarreiras, um ponto de encontro de prostitutas e traficantes de Nova Descoberta, um bar sem nenhuma qualidade e, é claro, o Prozac Bar. Na sexta-feira santa não ocorreu o já tão popular samba com Zé Eduardo, não necessariamente porque o samba é um dos símbolos do inferno ou de tudo que não pertence à Semana Santa, mas sim porque achávamos que as pessoas não iriam para evitar a cerveja e a carne, além da promiscuidade (para alguns, certamente) e da leveza da embriaguez, em respeito ao feriado cristão, o que um grande amigo do bar convenciona chamar da data mais sombria na história da humanidade. Bom, de todo modo, abrimos o bar e, mais ou menos às 22h, quase cem pessoas estavam espremidas entre o mesa e outra. Vendemos todas as cervejas, os espetos de carne, pediram-nos duas camisinhas emprestadas e imploraram para colocarmos Iggy Pop. Ou seja, dormi com a consciência pesada, pois até os traficantes e as putas da região respeitaram o calendário cristão, além de que, ao amanhecer, li num dos jornais mais pouplares da cidade que o Prozac Bar é o bar mais "imoral e satânico da região metropolitana". Poxa, temo não vir ninguém hoje ao bar. Amanhã conto.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Bierborse

Devido à constante presença de amigos-clientes no Prozac Bar pedindo descontos absurdos e duplicando os pregos um dia atrás do outro, pensamos em algumas formas para acabar com este hábito. Claro que pensei em romper a amizade com figuras ilustres como Cabeça de Cachorro, Cacique das Leis (o Grilo), Bonifácio Muller e o Santo Anão. Bom, desisti a tempo, pois eles ainda me fazem bem. Então eu e Eline lembramos de uma tradição européia, mais presente na Alemanha e na Inglaterra, países onde os amigos citados seriam tratados como pedintes. Trata-se do que se convencionou chamar de "Bierborse". Em português, depois de passar dias e dias consultando dicionários e enciclopédias, traduzo por Bolsa de Valores (literalmente bolsa da cerveja). Trata-se da seguinte idéia: em um painel eletrônico há o nome de vários drinks servidos por um determinado bar e que, a cada período (a média é três minutos), o preço dos drinks baixam escandalosamente ou sobem. Então o cliente sempre fica atento para beber muito de forma econômica, podendo inclusive pensar ter gastado menos da metade do dinheiro esperado. Claro, no Prozac Bar não haverá um painel eletrônico de dois metros e sim jovens com aquelas plaquinhas desfilando entre as mesas. Acho que assim salvarei as amizades escrotas.
Toda terça-feira a partir das 18h30.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Primeiro torneio de poker no Prozac

Ontem (quarta-feira, 10/03) ocorreu o primeiro torneio de poker no Prozac Bar. Dezoito pessoas inscritas com a inscrição no valor de R$ 5,00. O primeiro lugar foi premiado com R$55 e o segundo com R$25. Obviamente, não lembro o nome dos vencedores, pois na última mesa haviam três representantes do bar que, por azar - apesar de que aquelas amiguinhas devem ter uma maneira de ganhar por debaixo dos panos - saíram todos, impossibilitando o resultado do que um dos presentes havia dito "três pessoas do bar na mesa final... aí tem coisa". Aí tem coisa um caralho, logo pensei, até que senti o que havíamos planejado desde o início:

Homens lá fora encaçapando bolas coloridas
E a fumaça do zodíaco apontou um vencedor,
É ela... e ela fuma, é claro,
dois cigarros a cada real que ganha!
O som é tão dramático nesta sala quente e abafada
E tudo que se tem são poucas fichas na mão...
Alguém tirou fotos (não porque é uma empresa em estado alegre,
mas sim por que todos se sentem em casa)?

Tomara que não, diz o rapaz tímido do canto,
pois ele se encontra bem demais para se preocupar com
memórias futuras...
Poema de A. A. Nonato

Porra, saí logo na última mesa! De todo modo, na próxima quarta hei de me recuperar!



segunda-feira, 8 de março de 2010

A vizinha

No último sábado (06 de março), quando já não era mais possível realizar a já divulgada jam session, pois os músicos chegaram somente às onze da noite e o equipamento de som estava incompleto, duas facas apareceram substituindo as baquetas, além da gaita e da flauta ao invés da guitarra e do baixo. A verdade é que estávamos na expectativa de ouvir o improviso em cima de ritmos bolivianos, sobretudo quando com a primeira nota saindo da flauta apareceu nosso colega Emanuel Grilo, mais conhecido como o cacique das leis. Ninguém estava levando nada a sério, até que apareceu... a Vizinha (tão temida e conversadora, comilona e ex-fumante, ou seja, o tipo de pessoa que pode opinar sobre qualquer coisa no mundo). Todos olharam para mim e Eline com a fria indagação nos olhos: é hora de parar? Então, simpaticamente, fiz a mesma pergunta para a vizinha:
- Eu ainda não estou dormindo... me manda uma carne de sol com macaxeira!
Então os caras começaram a tocar baixinho, tímidos, amedrontados. Depois perceberam que quando se come carne de sol com macaxeira invariavelmente se pede cerveja e, além dessa associação, devido ao fato de que a vizinha veio sozinha ao bar e não cospe jamais no chão, todos esperaram felizes o que fez a noite no Prozac bar (a voz rouca e temida):
- Toca aquela de Roberto Carlos!!
Parece que estamos novamente de bem com a única vizinha que temos. Graças ao que Robertão significa! Bom, sobre os músicos, eles fecharam o bar e foi até à avenida tocando os clássicos do rei, justo no momento em que a vizinha entrou em sua casa e hesitou em fechar a porta ao ouvir do cacique das leis;
- Quando eu estou aqui, eu vivo este momento lindo...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carnaval

Devido ao fato de que parte dos bons frequentadores do bar se tornarão foliões e já estão nas cidades mais badaladas do carnaval brasileiro, o Prozac fechará suas portas por este período e retornará com algumas novidades para o humilde cenário cultural da cidade. Voltamos na terça-feira. Por hora, mandamos um abraço diretamente de Veneza, onde neste ano estamos patrocinando o secular carnaval das máscaras.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

2010

Apesar de não podermos entrar em detalhes sobre a existência do Prozac bar durante o ano de 2009 (existimos há somente quatro semanas), tal como a maioria das revistas e jornais o fazem, além de bares e restaurantes, temos o direito de falar sobre 2010 e as propostas que giram em torno desse ano homérico. Antes disso, e sem os já descartados detalhes, o que significou 2009? Lendo alguns e-mails recebidos, citamos o resumo semântico dos mais interessantes e curiosos:
a) uma proposta radical de tornar a prática hedonista natalense um desafio aos inimigos do culto à noite;
b) uma virtude dos drinks elevada à potência do desapego da academia e de toda a cultura dos fins burocráticos;
c) um riso gostoso e sarcástico;
d) a possibilidade de encontrar pessoas recentemente desabrigadas devido à impossibilidade de se encontrarem livre e verdadeiramente;
e) um gás politicamente neutro do qual as narinas pouco se desgastam e muito recuperam a imagem da cidade razoavelmente grande que guarda cheiro de tulipas em véus de nicotina;
f) um poema muito ruim, mas tolerado porque foi o amigo de um amigo que escreveu para uma mulher desajeitada e pouco aceita pelas "galeras".
Coisas do tipo nos escreveram. É claro que toda esta estranha conjunção de substantivos nos fez tentar imaginar o que o Prozac Bar causa às pessoas. Obviamente que não encontramos respostas e concluimos que deve ser algum colega filho da puta que nos escreve tais e-mails para brincar com nossas expectativas. De todo modo, o que tiramos dele foram as seguintes propostas para 2010:
a) o casal recebe um telefonema do bebê parido e não completamente desejado. Tudo foi uma questão de propina (teatro à meia-noite);
b) só lembro de B. B. King gordo, apesar de que já colocamos a bateria e o sax à direita do maldito pôster onde B. B. Kink está magro;
c) cinema, anos 60: com um drink na mão, George acende um cigarro na mesma hora em que Bogart lança o terrível olhar para a mocinha (em breve);
d) Não, não! Cada vez que ele se aproxima mais do balcão, mais próximo está o seu suicídio - o dia em que o bar fechará para velar o corpo do senhor S.
Dentre outras coisas.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Duas semanas de Prozac Bar e o primeiro ladrão a ser encontrado

O Prozac Bar existe há duas semanas e, em tão pouco tempo, não podemos deixar de mencionar a surpresa de termos aceitado alguns convites, tais como respondermos àquelas perguntinhas da Tribuna do Norte ou, o que nos dará grande satisfação, cedermos o espaço do bar para a festa de fim de ano da revista Catorze (www.revistacatorze.com.br), no dia 19 de dezembro, e organizarmos o que estão nomeando de Prozac Beach, no dia 20. Também estamos vendo nascer uma receita de opiniões dos frequentadores do bar, seja no estilo hedonista e metafórico - o Prozac está bombando!! - seja por meio de artigos mais analistas e escrotos. Falando sobre artigos desse gênero, encontrei um pequeno texto camuflado pela atitude quase inaceitável de um homem brigão, no qual o verdadeiro mérito de seu autor é apontar palavras-conceito sobre os indivíduos que pernoitam no bar entre doses de whisky e tragos de um gostoso Derby falsificado. O dono do texto é o mensageiro do horror social Emanuel Grilo, mais conhecido como o homem das botas rápidas. Quem o encontrar terá uma recompensa do bar. Para entenderem melhor a história, acessem o seguinte link: http://cavalo-verde.blogspot.com/

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Samba e bossa nova - 11 de dezembro

Zé Eduardo, em conjunto com seus parceiros, comoverá o público com canções clássicas do samba e da bossa nova (Chico Buarque, Cartola, Paulinho da Viola, dentre outros). O sambista, já conhecido na cena da cidade por tornar qualquer ambiente uma roda de samba autêntica - ou ao menos nos faz imaginar o que isso seria -, garantirá três horas de música brasileira tradicional. O evento ocorrerá na próxima sexta-feira, inaugurando uma das propostas do Prozac Bar.
Sexta-feira, 11 de dezembro

domingo, 6 de dezembro de 2009

Na noite de sábado (05/12), com a segunda jam session oferecida pelo Prozac Bar em conjunto com alguns músicos, podemos dizer que uma cultura está sendo formada na cidade. Qual cultura? É difícil conceituar, contudo podemos afirmar que a imaginação dos presentes se torna tão ampla quanto a surpresa de enxergarem novos traços no grande painel elaborado pelo artista Marcos Guerra e, de outro modo, nas inesperadas recitações de poesia pornográfica (04/12 - o cineasta Emanuel Grilo), além, obviamente, do desaforado improviso musical.
Algo nos contentou bastante nesse mesmo sábado: apesar do Prozac Bar está situado a alguns minutos do corredor da folia, esse fato lamentável não abalou as propostas mais autoritárias do bar. Alguns foliões apareceram casualmente e, não casualmente, desapareceram sob risadinhas provindas do balcão. Mencionamos o balcão para resgatar a clássica imagem cinematográfica em que, dividido pelo espaço onde se colocam drinks, um senhor acende um cigarro e diz algo como: nada mais há a fazer e o melhor é tentar dormir, apesar de que a noite foi estranhamente agradável.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Comentário sensacionalista da noite de inauguração

O balcão foi feito no dia 28 de novembro. O Prozac Bar inaugurou no dia... 28 de novembro. Não podemos negar os erros no cardápio e a espontaneidade em quase tudo que ocorreu. De todos que estavam presentes, ninguém havia trabalhado antes em um bar, sobretudo em um local que tem a ambição de se tornar o refúgio da tradicional expressão “Em Natal não tem um bar legal e, quando tem, é caro!”. Penso que não deveria ser de outra forma.
Ao som de Memphis Slim e Joy Division, além canções como Voodoo Child e Heroes, recebemos os primeiros convidados e passamos a servir os primeiros drinks cheios de expectativa. Quando menos esperávamos, o bar estava lotado e os músicos iniciaram a Jam session que, do início ao fim, foi acompanhada pelos olhares e alguns gritos dos mais curiosos que, inevitavelmente, apreciavam as sacadas criativas que uma improvisação permite. Guilherme Mosca e Flávio Augusto – a quem poderíamos ter expulsado pelo seu excesso de pulos e copos quebrados – dividiram a batera enquanto que outros músicos intercambiavam a guitarra e o baixo sem perder o fôlego até quase meia-noite. Dudu, um dos músicos, também deve ser citado pelos magníficos “bolinhos” que faz para o bar. Até algumas “mães” admitiram ser melhor do que os seus pratos caseiros. Do outro lado, o artista plástico Marcos Guerra pintava o seu tão elogiado desenho elaborado dias antes na parede do bar, cujo fim não tem previsão e que, por isso mesmo, sempre pode ser uma atração surpresa para os presentes.
Sanderson Mendes, o maior dos parceiros na realização do bar, compareceu e não fez questão de tomar uma ou duas por conta da casa. Não tem como negar que foi uma noite de surpresas. E do outro lado dos gritos e da música, havia aqueles jovens taciturnos e mais solitários, além de bêbados legais e vizinhos não autoritários. E nada faz crer que o Prozac Bar poderá se tornar um bar da moda, como muitos se tornam. E também nada faz crer que a noite da inauguração não será repetida de forma cada vez mais agradável. Isso foi o que entendemos quando, no final da noite, o trompete de Miles Davis dominou o espaço.